Na arquitetura barroca, os conceitos de volume          e simetria vigentes no renascimento são substituídos pelo dinamismo          e pela teatralidade. O produto desse novo modo de desenhar os espaços          é uma edificação de proporções ciclópicas, em que mais do que a          exatidão da geometria prevalece a superposição de planos e volumes,          um recurso que tende a produzir diferentes efeitos visuais, tanto nas          fachadas quanto no desenho dos interiores.
         Quanto à arquitetura sacra, as proporções          antropomórficas das colunas renascentistas foram duplicadas, para          poder percorrer sem interrupções as novas fachadas de pavimento          duplo, segundo o modelo da construção de Il Gesú, em Roma, primeira          igreja da Contra-Reforma.
         A partir de 1630, começam a proliferar as          plantas elípticas e ovaladas de dimensões menores. Isso logo se          transformaria numa das características arquitetônicas típicas do          barroco. São as igrejas de Maderno e Borromini, nas quais as formas          arredondadas substituíram as angulosas e as paredes parecem se curvar          de dentro para fora e vice-versa, numa sucessão côncava e convexa,          dotando o conjunto de um forte dinamismo.
          Quanto à arquitetura palaciana, o palácio          barroco era construído em três pavimentos. Em vez de se concentrarem          num só bloco cúbico, como os renascentistas, parecem estender-se sem          limites sobre a paisagem, em várias alas, numa repetição interminável          de colunas e janelas. A edificação mais representativa dessa época          é o Palácio de Versalhes, manifestação messiânica das ambições          absolutistas de Luís XIV, o Rei Sol, que pretendia, com essa obra,          reunir ao seu redor - para desse modo debilitá-los - todos os nobres          poderosos das cortes de seus país. Seguindo o exemplo do Palácio de          Versalhes, são construídas nas diversas cortes europérias palácios          faustosos, cercados de jardins imensos, aproximando-se do que logo          viria a ser o neoclassicismo.
         O Escorial, fusão de estilos e arquitetos, é          de uma monumentalidade até então sem precedentes na Europa. Na Itália,          ao combinar essas proporções com uma profusa ornamentação          maneirista, seus artistas definiram o nascimento da arquitetura          barroca.
Extraído de: http://www.pegue.com/artes/arquitetura_barroca.htm
Palácio de Versalhes, França

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